quinta-feira, 27 de março de 2008

É o fim do lápis e do papel?

Daniel Rodrigues

O acesso à internet expandiu 39% entre 2006 e 2007. Os pontos de inclusão digital (PIDs) no Brasil cresceram nos últimos anos, de acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict). Esses fatores somados influem diretamente para a inclusão digital e muitos alunos apostam no fim da utilização de cadernos pelo computador.
Mas para se falar em inclusão digital na educação não basta apenas se pensar na instalação de computadores em escolas públicas. É preciso capacitar os professores para que eles transformem a sua aula, utilizando a ferramenta digital.
Além da acessibilidade, é necessário que, para uma melhor utilização dos computadores nas escolas públicas, os laboratórios de informática estejam permanentemente abertos com um profissional que assuma e fique responsável pela alfabetização digital.
De acordo com o MEC (Ministério da Educação e Cultura), apesar de o número de computadores instalados nas escolas ter ficado abaixo das metas estabelecidas pelo governo, a capacitação de professores superou as expectativas.
Nas escolas municipais, como a Emefei Oscar Novakoski, de Dois Córregos, este programa já pode ser utilizado pelos alunos, com aulas práticas e atividades relacionadas ao ensino.
“A inclusão digital veio em hora certa para a escola, pois foi uma forma que encontramos de manter os alunos atentos às aulas, nunca deixando de ensinar o que eles precisam saber, tanto quanto ao conteúdo da aula, quanto à utilização de um computador”, relata a diretora da Emefei Oscar Novakoski, Miriam Rita Magro Alves da Silva.
Para os alunos da rede pública, as aulas de “computação”, como são chamadas, tornaram-se um momento de interatividade: eles enfrentam o fato de irem à escola com mais naturalidade, pois já não existe mais a rotina com o professor.
“Eu adoro mexer no computador e quando tem tarefa faço tudo nele, pesquiso e passo tudo pro meu caderno. Às vezes fico o dia todo na escola”, contou a aluna Bruna Rodrigues.
Para muitos, pode ser o início da inclusão digital, mas alguns ainda apostam no fim do uso do lápis e borracha nas escolas.
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imagem reitrada do site www.blog.educasat.com.br

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