Alunos vêem na internet um complemento aos estudos
Alan Gehringer
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), somente cerca de 7% dos brasileiros com mais de 25 anos possuem nível superior completo. Fora a questão financeira, a pressão para o ingresso numa faculdade pública pode atrapalhar o vestibulando na hora da prova.
O vestibular é a grande prova de fogo: por cerca de 4 dias de teste, o aluno encara uma maratona de provas sobre os conhecimentos adquiridos durante 9 anos de estudo. Isso ainda não é tudo: a decisão pela escolha correta do curso é como em a A Escolha de Sofia para muitos alunos que, após terminarem o ensino médio, lotam as salas de cursinho.
Embora o sistema de aula presencial ainda seja o preferido para esses alunos que querem se preparar mais para o vestibular, a internet tem servido como aliada aos estudos. Muitos sites dispõem textos complementares, tira-dúvidas online com professores e provas de vestibulares anteriores.
Essas ferramentas são utilizadas pela estudante Laís de Aguilar, 18 anos, que está em seu primeiro ano de cursinho. “A internet passou a integrar meu cronograma de estudo, só que de uma maneira diferente do passado. Ao invés de orkut e MSN, eu agora complemento meus estudos com os vários sites preparatórios”, diz a aluna.
A professora de Língua Portuguesa, Érika Teixeira, explica que é fundamental que esses alunos utilizem a internet não só para lazer. “É um método alternativo aos livros, que podem se mostrar monótonos com o passar do tempo, mas é preciso que esse estudo virtual também seja levado a sério”, explica.
Formado em cursinho
Para os alunos que terminaram o nível médio e não passaram no primeiro vestibular, fazer cursinho é uma das opções restantes, porém destestável. Muitos alunos começam a se sentir pressionados durante as provas e passam a acreditar que já poderiam estar fazendo outro curso em outra universidade, mesmo que paga.
No entanto, não é o caso do estudante Bruno Pertinhez, 21 anos, que está enfrentando seu 3.º ano de cursinho para Medicina na Unesp de Botucatu. “É um saco. Todos que estão ali querem sair logo”, diz. “Mas estou convicto do que eu quero e vou ficar ali até que eu passe”.
O que acontece freqüentemente durante esse período é uma cobrança maior dos pais, dos amigos e de si mesmo. Isso possivelmente explica o estresse e o nervoso que acomete muitos alunos durante a prova. “Quando comecei a ler a minha prova, entrei em crise e comecei a chorar”, diz Giovana Ferrari, que está hoje no 2.º ano pré-vestibular e presta jornalismo na Unesp, em Bauru.
A psicóloga Ana di Paula diz que casos assim são comuns. “O que o aluno tem que entender é que a maioria de seus colegas passa pela mesma dificuldade e que ele não está sozinho nessa luta”.
Para que se tenha sucesso no vestibular, atente-se a essas dicas:
- A escolha da área em que se vai prestar deve ser bem avaliada.
- Além do estudo, é bom que se crie hábitos saudáveis, como exercício físico e boa alimentação.
- Na hora da prova, o candidato deve estabelecer prioridades, descobrir sua produtividade e concentrar-se em seus conhecimentos.
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